sexta-feira, 5 de setembro de 2008

JUNTO E MISTURADO...


"Festival Vaca Amarela não quer ser apenas palco de rock e apresenta o guitarrista da tropicália, rap e até chorinho."


Festival Vaca Amarela não quer ser apenas palco de rock e apresenta o guitarrista da tropicália, rap e até chorinhoEdson Wander.
Um dos filhotes dos festivais da Monstro (Bananada e Goiânia Noise), o Vaca Amarela é o que mais cresceu na capital. Cresceu apostando na diversificação musical e não só roqueira. Sua sétima edição neste fim de semana será a maior de sua curta história e de programação mais elástica, com artistas de fora da cena roqueira fechando as duas noites, hoje e amanhã, no Centro Cultural Martim Cererê. Entre os convidados a fechar uma das noites está o guitarrista Lanny Gordin, músico que acompanhou grandes nomes da MPB e que voltou à ativa depois de duas décadas de ostracismo.
Em meio às 36 atrações do festival, a produtora Fósforo Cultural organizou um palco exclusivo para a música popular brasileira, onde se apresentarão grupos que se dedicam ao gênero conhecido pela sigla MPB e o Alma Brasileira, grupo de chorinho capitaneado por Oscar Wilde. O rap também terá vez no festival.
Hoje terá o mato-grossense Linha Dura, um projeto do rapper Paulo Fagner com o DJ Taba que em Cuiabá costuma contar com o reforço da banda Macaco Bong. Mas no Vaca Amarela, Fagner e Taba contarão apenas com o apoio de um baterista para soltar a rima sobre diferentes temas afeitos ao hip hop mas também à cultura cuiabana. O Linha Dura deve mostrar as músicas de seu novo CD, O Caminho da Resistência (Tchapa e Cruz).
Amanhã é o rap goiano que dá as cartas no gênero com MC Dyskreto. Depois de lançar um disco (Mix Tape 3) distribuído em escolas públicas de Goiânia (pelo caráter de defesa da criança e do adolescente das letras), Dyskreto tem trabalhado no projeto Brasilidade, que consiste em fundir a música brasileira na batida do rap.
AberturaA abertura do festival hoje destacará a banda goiana Diego de Moraes e o Sindicato, os cariocas do Autoramas e o gaúcho “punk brega” Wander Wildner. Antes deles, 13 bandas de vários Estados (uma, Vudú, da Argentina) se revezam nos dois palcos fechados do Cererê e mais duas no Palco Música Brasileira,na área externa do centro cultural.
Diego de Moraes e o Sindicato é o projeto do cantor e compositor Diego de Moraes que virou banda. Com um combinação de música brasileira e pitadas de folk rock, Diego tem sido associado a Raul Seixas (1945-1989). A banda lançou no ano passado um EP, Reticências, com as composições que já vinha destacando em festivais do circuito independente de Goiás e outros Estados.
As outras duas atrações principais da noite (confira programação no quadro) são figuras bem conhecidas da cena musical indie. Wander Wildner está lançado La Canción Inesperada, nova compilação de canções de um rock iconoclasta, em que cabe de tudo um pouco, mas preferencialmente uma conjunção de Ramones com Waldick Soriano (morto ontem aos 75 anos).
Não à toa, o próprio Wildner diz que faz “punk brega”. Fechando a primeira noite do Vaca Amarela, ele “y sus comancheros” devem recuperar outras faixas da carreira, algumas hinos da cena alternativa, como Bebendo Vinho (já gravada pelo Ira!), Amigo Punk e Eu Acredito em Milagres.
A banda Autoramas deve mostrar faixas da carreira e de seu último disco, Teletransporte, lançado pelo selo Mondo 77 . Com 14 novas faixas, o disco foi produzido por Kassin e Berna Ceppas, mas manteve a pegada de surf rock de guitarras ágeis e sujas em uma conjunção de melodia retrô e vocais derramados. A Autoramas nasceu há 11 anos do encontro de músicos conhecidos da cena roqueira da alternativa. Com Gabriel Thomaz (guitarra e voz) à frente e Bacalhau (bateria), o grupo sempre teve mulheres no baixo (agora Flávia Couri).
Amanhã, o fechamento terá uma lenda da guitarra brasileira, Lanny Gordin (leia abaixo), mais o quarteto paulista Forgotten Boys e os goianos da Technicolor. Quinteto que destaca duas guitarras e a cantora e flautista Sarah Alencar, a Technicolor foi formada em 2004. No ano seguinte lançou pelo selo Be Acid o EP Madagandanzza, com quatro faixas cantadas em inglês.
Para o festival, o grupo deve fazer uma prévia de seu primeiro CD cheio, Cleviceps Purpurea. Quem também vem de disco novo para o festival é a Forgotten Boys, com Louva-a-Deus, que chega ao mercado como CD na próxima semana, mas já pode ser ouvido na íntegra pela internet (no site Myspace). Produzido por Apollo 9 e Roy Cicala, o CD é de novo uma deferência de Zé Mazzei, Flávio Cavichioli, Chuck Hipolitho e Gustavo Riviera ao punk rock à moda de Ramones e Stooges.


EVENTO:

Festival Vaca AmarelaData: hoje e amanhã, a partir das 18h30

Local: Centro Cultural Martim Cererê (Rua 94-A, St. Sul)

Ingressos: R$ 20 (por noite) e R$ 30 (passaporte para as duas noites)

Postos de venda: lojas Ambiente Skate Shop e Hocus Pocus

Classificação etária: 16 anos

Mais informações: fosforocultural (<-- programação)
PS. preguiça de ler?
clica logo no LINK!

Um comentário:

Anônimo disse...

OBSERVAÇÃO:
- NEM EU LI!


TSC TSC TSC